Algumas pessoas dizem que os americanos foram os primeiros com aTen Thousand Villages, antes “Self Help Crafts, que começou comprando bordados e crochê de Porto Rico, em 1946 e SERRV que começou comercializando com comunidades pobres do Sul, em 1940. A primeira loja de fair trade que vendia alguns itens abriu em 1958, nos Estados Unidos.

Os primeiros traços de fair trade na Europa datam de 1950, quando a Oxfam da Inglaterra começou a vender artesanato feito por refugiados chineses em suas lojas. Em 1954 foi criada a primeira organização de fair trade. Paralelamente, na Holanda, por volta de 1967, se estabelecia a organização “Fair trade Organisatie”.

Durante os anos 60 a 70, ONGs e pessoas motivadas pela questão social em vários países da Ásia, África e América Latina se deram conta da necessidade de promover apoio para produtores em desvantagem. Algumas organizações de fair trade do Sul estabeleceram com organizações do Norte parcerias baseadas no diálogo, na transparência e no respeito. O objetivo era maior equidade nas trocas internacionais.

O crescimento do fair trade, (ou mercado alternativo como era inicialmente chamado) dos anos 60 para cá estava associado ao desenvolvimento do comércio. Cresceu como resposta à pobreza no Sul e estava focado no mercado de artesanato.

Os seus fundadores e agencias religiosas de países europeus envolvidos também contribuíram para o seu desenvolvimento.

No começo, os produtos artesanais representavam o maior volume do que era comercializado pelo fair trade, principalmente pelos contatos estabelecidos pelos missionários europeus que trabalhavam nos países pobres do Sul. Essas vendas proporcionavam renda complementar às famílias e tinha importância crucial nos lares chefiados por mulheres que tinham oportunidades limitadas de acesso a emprego. A maior parte das organizações de fair trade do Norte comprava esses produtos para vendê-los através das lojas de comercio justo. O mercado estava aberto para a venda de artesanato e as vendas cresceram muito para as lojas de comércio justo.

Nos anos 70 as cooperativas de café de pequenos produtores da Guatemala iniciam a comercialização de café. E hoje, passados mais de 30 anos, o café do comercio justo se tornou uma referencia. Centenas e milhares de produtores se beneficiaram. Na Europa, onde o giro desse produto varia entre 25 e 50% nas organizações de comercio justo, cada vez mais consumidores tomam esse café.

Depois do café, a oferta de alimentos se expandiu e agora inclui produtos como chá, chocolate, açúcar, vinho, suco de frutas, ervas, arroz, castanha e especiarias.

[1] This version of the History of Fair Trade was prepared on behalf of IFAT by Marlike Kocken, Manager of EFTA, with the input and advice of a number of Fair Trade “pioneers” December 2003. A tradução livre para o português é de responsabilidade de Lizete Prata.

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